domingo, 25 de março de 2007
Mulher no trânsito
No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Homenagens de toda as formas são rendidas a elas, mas nem sempre foi assim, e as próprias versões que se têm para a consagração deste dia especialmente dedicado a elas, dizem respeito a momentos históricos de muita luta e sofrimento.Todos sabem o quanto as integrantes do sexo feminino já lutaram para conquistar respeito e valorização na sociedade. Essas lutas vão desde a conquista do direito de expressão e respeito no próprio lar, pelos maridos, até as conquistas políticas e profissionais. Contudo, essa luta ainda não acabou e apesar de muitos avanços e conquistas, as mulheres maravilhosas de nosso tempo, ainda continuam tendo que quebrar preconceitos e provar que podem muito mais do que historicamente a sociedade estabeleceu como limites para elas.Hoje as mulheres gozam dos direitos que arduamente foram conquistados, mas continuam tendo que vencer o preconceito rançoso que ainda permeia a sociedade, além de acumular as funções domésticas, de mãe, esposa e governanta junto com aquelas que sua condição de mulher moderna lhe apresentou.A mulher atual tem vida ativa, agitada, estressada. Vive e desfruta o frenesi cotidiano de quem estuda, trabalha, participa da política, age, reage, faz história. E em meio a tantas atividades e papeis que cabem a essa nova mulher, está a ação no trânsito. Seja a pé ou dirigindo seu veículo, elas ganharam as ruas e o trânsito passou a ser mais um espaço de conquista. As mulheres de hoje participam ativamente do trânsito, local onde aliás, onde ainda enfrentam preconceito com muita veemência.Para o médico e psicólogo Salomão Rabinovich, que atua na área de psicologia do trânsito há 35 anos, a discriminação contra as mulheres é uma das formas mais usuais de dominação do homem. Para ele, o motivo do preconceito é o medo velado que os homens têm de que a mulher roube um espaço que, historicamente, foi dele. Contudo, também afirma que essa situação está mudando, pois se antigamente a grande maioria de seu pacientes que tinham fobia de dirigir eram mulheres, hoje já não é mais assim, pois muitos homens o procuram para tratar esse tipo de medo, mostrando que elas estão mais seguras e eles demonstram mais seus medos.O aumento na emissão do seguro de automóveis no segmento feminino demonstra que a participação delas é cada vez maior no mercado automotivo. Também é crescente o número de mulheres que utilizam motocicletas como transporte.Infelizmente, assim como é crescente a atuação da mulher no trânsito, também são crescentes os números estatísticos que demonstram os acidentes envolvendo o sexo feminino. Em Cascavel constatou-se este ano, que 18,31% das vítimas de acidentes de trânsito são do sexo feminino e deste total, 36% eram condutoras, 33,4% dos acidentes envolveram automóveis e 41,15% ocorreram com motocicletas.Que neste dia da mulher, seja também um dia de reflexão, que homens e mulheres parem para refletir e percebam que no trânsito, assim como nos demais espaços sociais, a questão mais importante não é definir quem é melhor, mas sim alcançar um estágio de respeito mútuo, capaz de garantir a homens e mulheres qualidade de vida, segurança e felicidade, também no trânsito.(Vânia de Camargo MüetzembergPedagoga - Educadora de Trânsito – Cettrans)
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